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Panorama Farmacêutico

As cinco maiores redes de farmácia dos EUA

Na lista anual da National Retail Federation (NRF), que classifica as 100 maiores varejistas dos Estados Unidos, cinco são redes de farmácia. O ranking, compilado pela Kantar, classifica os maiores players do setor por vendas domésticas no varejo e uma das surpresas desta edição é uma maior consistência do que o esperado. David Marcotte, vice-presidente sênior da Kantar , diz que, com exceção de algumas exceções, “todos cresceram e mais ou menos na mesma proporção”.

No recorte do varejo farmacêutico, a rede mais bem posicionada é a CVS Health Corporation, que ocupa a sétima colocação no ranking geral, seguida da Walgreens Boots Alliance em oitavo lugar. Fechando o top 3 vem a Rite Aid, bem mais distante, na 29ª posição.

Rk

RK segmentado

Empresa

Vendas (bilhões US$)

7

1

CVS Health Corporation

106,59

8

2

Walgreens Boots Alliance

116,10

29

3

Rite Aid

17,57

40

4

Health Mart Systems

11,90

50

5

Good Neighbor Pharmacy

8,84

Segundo Marcotte, as três redes de farmácia tiveram grandes problemas com falta de mão de obra. “Não é possível administrar uma drogaria sem um farmacêutico e há uma grande escassez destes profissionais nas três maiores redes de farmácia do país”. Como resultado, as varejistas reduziram o horário de trabalho e fecharam lojas, e isso se refletiu nos números.

Também não há fluxo de caixa para reformas. A CVS e a Walgreens lutaram contra os desafios de pessoal, movendo-se agressivamente para prescrições automatizadas, observa Marcotte, apesar de “ainda ser um mercado difícil”. Ele espera que os números relativamente fracos continuem.

E quem são as maiores redes de farmácia do Brasil?

No Brasil, o ranking de 2022 com as 300 maiores empresas do varejo nacional, produzido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), reúne 20 farmácias. Somadas, elas movimentam R$ 72,49 bilhões e respondem por 8,12% do faturamento geral do setor. O faturamento das farmácias cresceu 9,2% na comparação com o ano anterior. Em relação à última edição do ranking, o segmento reduziu sua participação em pouco mais de 0,5 ponto percentual, o que indica um avanço abaixo de outras atividades do varejo.

Apesar desse cenário, Eduardo Terra, presidente da SBVC, avalia fatores positivos que movem o varejo farmacêutico. “Das farmácias que integram o estudo, 19 mantêm operação online e sete também utilizam o WhatsApp como canal de comercialização, o que se revela uma estratégia vencedora para ganhar capilaridade e novos públicos”, acredita.

O varejo farmacêutico destaca-se ainda pelo número de lojas físicas. Quatro redes estão entre as 20 maiores empresas do varejo em pontos de venda – Raia Drogasil (2.490), DPSP (1.392), Farmácias Pague Menos (1.165) e Farmácias Associadas (1.064). Das 20 farmácias, 16 integram a Abrafarma. “No entanto, o setor ainda se caracteriza pela atuação regional. Apenas cinco redes estão em pelo menos dez estados do país”, endossa Terra.

Vaivém das farmácias entre as maiores empresas do varejo

Curiosamente, tal como a CVS nos Estados Unidos, a maior rede de farmácias brasileira também ocupa a sétima colocação no ranking geral da SBVC. A Raia Drogasil aumentou a vantagem na primeira colocação e representa o segmento no top 10. A rede ultrapassou R$ 24 bilhões de faturamento e cresceu 14,2%. O Grupo DPSP, que ocupa a 14ª posição, teve incremento de apenas 7,5%, com receita de R$ 11,7 bilhões. Em 20º, a Pague Menos segue na cola, com movimento de R$ 8,1 bilhões. As maiores elevações no ranking ficaram por conta da Farmácia Indiana, Drogal e Drogaria Venancio, que avançaram 20, dez e cinco posições, respectivamente. “São redes que atuam na Bahia, Minas Gerais, interior de São Paulo e Rio de Janeiro, o que revela um crescimento consistente em todos os cantos do país”, argumenta.


Por: Ana Claudia Nagao

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